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quarta-feira, outubro 31, 2012

Silent Hill: Shattered Memories

Quando me questionei sobre que jogo usaria para representar esta saga, confesso que não me consegui decidir, pois são todos excelentes. Decidi então usar aquele que para mim se tornou o maior jogo de survival horror. Espero que gostem.
O desgaste do tempo  é capaz de arrasar qualquer saga. Muitas vezes um remake é a melhor maneira de recuperar antigos fãs. Foi isso que em 2009 a Konami fez com uma das suas grandes séries.
Tudo começa com uma consulta de psicologia onde nos é pedido que preenchamos um pequeno questionário, após entregarmos o questionário a verdadeira história começa. Após um acidente de carro, Harry Mason acorda para a terrível descoberta de que a sua filha está desaparecida. Armado com apenas uma lanterna, Harry vai à procura dela pelas escuras ruas de Silent Hill. A neve que cai nas ruas faz com que não se encontrem habitantes. Harry chega então a um bar, onde a empregada lhe diz que, segundo a sua carta de condução, ele mora naquela cidade, numa rua não muito longe dali. Harry recebe então uma chamada de casa, mas não a consegue atender. Usando o GPS do seu telemóvel, Harry decide regressar a casa onde pensa que a sua filha Cheryl possa estar. Durante o percurso Harry recebe uma nova chamada. "Pai, tu tens de fugir. Não os podes vencer, CORRE!" diz Cheryl ao telefone. À sua volta o mundo começa a gelar e estranhas criaturas perseguem-no, e Harry vê-se então obrigado a fugir para sobreviver.
Shattered Memories é uma reimaginação do original Silent Hill de 1999. Em dez anos, a saga tinha-se vindo a desgastar cada vez mais a cada título, especialmente com o lançamento de Silent Hill: Homecoming, um ano antes. Os fãs sentiam que a sua saga preferida estava a perder a força que outrora os fazia tremer nos sofás, e Shattered Memories veio como que um presente para todos os fieis fãs.
Sendo uma reimaginação e não um remake, Shattered Memories, difere em bastantes pontos. Em primeiro lugar, o nevoeiro característico da série foi substituído pela neve, e o assustador mundo mecanizado e com aspeto ardente por uma versão congelada da cidade. As diversas armas encontradas ao longo dos jogos foram substituídas por evitar o confronto.
No entanto, o que é realmente importante na série Silent Hill mantém-se: a simbologia da cidade. Neste jogo é até uma presença mais forte.
Shattered Memories não é um jogo que se deva levar de ânimo leve, é um jogo que nos avalia psicologicamente. O tempo que levamos a fazer determinada tarefa, para onde apontamos a nossa lanterna, as respostas que damos durante as "consultas" com o psicólogo, tudo isto é usado pelo jogo para avaliar o nosso perfil psicológico e usado contra nós. Sim, usado contra nós. A aparência das personagens, monstros, os diálogos e até mesmo o final, mudam conforme as nossas opções ao longo do jogo. Por exemplo, se respondermos no questionário inicial que já traímos o nosso parceiro e durante o jogo observarmos com atenção posters de raparigas, é possível que as personagens com que nos cruzamos apareçam com fatos mais provocadores.
A história mantém-se bastante fiel à original: Um pai em busca da filha perdida em Silent Hill.
Shattered Memories conta ainda com um score criado pelo já conhecido compositor da série Akira Yamaoka, popular por conseguir criar músicas que deixem o jogador envolvido no jogo. Yamaoka é também compositor de scores para outros jogos como Rumble Roses e Lollipop Chainsaw.
Silent Hill é uma série que já conta com 9 jogos de consola, um jogo arcade, uma novela gráfica, 3 jogos para telemóvel, 2 filmes, diversos livros e uma série de banda desenhada.
Desenvolvido originalmente para a Nintendo Wii em 2009 aproveitando as capacidades do wii remote, Shattered Memories encontra-se também disponível para Playstation 2 e PSP graças ao port feito em 2010. Um jogo completamente imperdível para os fãs do verdadeiro survival horror, e especialmente para os fãs de Silent Hill.

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